4.3.15

All of me.

E eu chorei no banho.
Não é a primeira vez, mas agora é de amor.
De um amor que nunca será concretizado.

A água cai no meu rosto como lâminas. Elas me cortam, atravessam meus poros. Arde. Minha respiração fica mais ofegante, já quase não consigo respirar. Não sei o que é lágrima e o que é água do chuveiro. Tudo se mistura, passa pelos meus lábios e se perdem no meu corpo.

Te quero até nos mínimos detalhes. Quero ouvir seu coração bombardeando sangue para você existir, quero ouvir sua respiração, quero poder te acariciar com o olhar, sentir seu cheiro e entrar em sincronia com você.
Eu quero tudo que não posso ter.
Ás vezes tenho vontade de me jogar no chão e fazer birra, como uma criança, para ver se você me dá um pouco disso.
Não vejo a hora de poder rir e deitar no seu ombro e parar de procurar desculpas para encostar em você. Em sem querer um tocar de mãos.

E eu choro pela perda, pela perda de algo que nunca vou compartilhar com você. Não, não choro por nunca poder sentir seus braços em torno de mim. Mas pelo fim, de tanta coisa bonita que eu queria te dar.

Mas é como diz uma belíssima oração: É morrendo que se vive.

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